KING and QUEEN Celebrity Fashion: Miss Universo 2011

Miss Universo, um trampolim para beldades e negócios

Após quase 60 anos, o concurso sustenta negócios que vão da moda até, claro, a descoberta de modelos

São Paulo - Na noite de hoje, quando 89 misses desfilarem, entre 10 milhões de dólares e 20 milhões de dólares terão, finalmente, cumprido sua função. Esse é o custo do show de cerca de duas horas, cujos ingressos já estão esgotados.

Paula M. Shugart, presidente da Miss Universe Organization: ela chegou à companhia através do Miss Hawai, que organizou em 1998

Paula M. Shugart, presidente da Miss Universe Organization (joint venture entre a NBC Universal e a Donald Trump Organization) chegou à companhia através do Miss Hawai, que organizou em 1998. Na época, uma forma de sentir o impacto do evento foi quando o site caiu no momento da apresentação.

A organização calcula que o evento seja assistido por 1 bilhão de pessoas, em 109 países. A Miss Universe Organization já conta com uma linha de esmaltes que leva seu nome, parceria com a O.P.I. e negocia uma coleção de biquínis – com a empresa que deu origem ao concurso. Shugart conversou com a Exame.com:

Exame.com - Como a Miss Universe Organization faz o evento acontecer?

Paula M. Shugart - A primeira coisa é fazermos uma parceria com um grupo, no caso a Bandeirantes. Eu já trabalhei em muitos eventos, Academy Awards, Grammys e esse, de longe, é o mais difícil, porque você vai para outro país. A coisa número um que podemos oferecer é exposição para o resto do mundo. Na segunda-feira à noite vamos distribuir o show para 109 países e territórios. É muito importante para nós levar a mensagem de São Paulo para o resto do mundo. É como se fosse um comercial de duas horas. Mas, para fazer isso, às vezes vamos a países onde não há nem um local para o evento. No Vietnã não havia hotel. E eles construíram tudo. O governo daqui entendeu e apoiou, porque sabe que é uma oportunidade para o resto do mundo saber sobre São Paulo.

Exame.com – Por que escolheram São Paulo?

Shugart - Viemos há um ano e assistimos a uma apresentação da Bandeirantes. Eles nos procuraram. Sempre encontramos grupos de diferentes países (que querem sediar o evento). Assim como em Olimpíadas e na Copa do Mundo, oferecemos uma oportunidade, menor, de mostrar uma imagem. É um custo muito menor e passa a mesma mensagem ao mundo.

Exame.com - Quanto custa organizar esse evento?

Shugart - O custo fica entre 10 milhões de dólares e 20 milhões de dólares. A maior parte disso é paga pelo parceiro – nesse caso, a Bandeirantes. Entre concorrentes e toda a equipe, trouxemos cerca de 300 pessoas e há muitos outros que foram contratados pela Bandeirantes. Se tivéssemos um local três vezes maior que esse (onde acontecerá o Miss Universo), também seríamos capazes de esgotar os ingressos.

Exame.com - A Miss Universe Organization também realiza o Miss USA e o Miss Teen USA. Há planos para novas competições ou novas parcerias?

Shugart - Há muitas coisas, especialmente com a internet, há muitas oportunidades. Estamos falando sobre várias coisas, novas competições e, como o miss universo se tornou tão fashion forward, falamos sobre outras linhas, roupas, e claro que aqui no Brasil pensamos muito sobre swimwear – há 16 anos, começamos com uma empresa de moda praia.

Exame.com - Somente moda praia?

Shugart - Gostaria de fazer uma linha completa, eventualmente. Mas moda prais é natural para nós. Começamos com a Catalina (o Miss Universo surgiu em 1952, em uma competição de beleza organizada pela marca de biquínis Catalina, nos Estados Unidos). Um possível parceiro, através da Band, seria a Catalina Brasil (que forneceu os biquínis dessa edição). Estamos tendo reuniões em Nova York.

Exame.com – Há alguma ação para o Brasil?

Shugart - Nosso parceiro na linha de produtos para cabelos (Farouk Systems, o patrocinador oficial de cabelos do Miss Universo, dono das marcas CHI e Bioslik) está tentando fazer negócios com o Brasil, talvez produzir aqui. Ele já começou a ter reuniões, está distribuindo aqui e pode produzir aqui também.

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